A Igreja Greco-Católica de Lviv está a preparar uma peregrinação nacional com a imagem da Virgem de Fátima.
De acordo com o Santuário de Fátima, a imagem da Virgem Peregrina poderá deslocar-se “a todas as zonas onde existir segurança”, e tudo está a ser estudado com o apoio da Missão Fátima-Ucrânia.
Esta peregrinação sucede a uma outra, em que a Imagem n.º 13 da Virgem Peregrina de Fátima percorreu 15 lugares na Ucrânia desde o passado dia 17 de março, em resposta a um pedido nesse sentido efetuado por D. Ihor Vozniak, Arcebispo Metropolita Greco-Católico de Lviv.
A imagem foi recebida por milhares de crentes na igreja de Nossa Senhora da Natividade, em Lviv, a e durante nove dias foi feita uma novena que culminou com a consagração da Ucrânia e da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, numa igreja “intimamente ligada a Fátima”.
“Há aqui uma coincidência divina em tudo isto”, disse um dos elementos da comitiva, composta maioritariamente por senhoras.
“Uma semana depois da Imagem ter chegado e da consagração, os russos começaram a abandonar Kiev e esta libertação da nossa capital foi um dos grandes sinais que a Virgem nos deixou e cujo milagre atribuímos a Nossa Senhora de Fátima”, esclareceu ainda.
A imagem foi devolvida ao Santuário, esta quarta-feira, que entregou, por sua vez, à comitiva ucraniana, uma outra imagem oferecida pelo Santuário no passado mês de maio.
“Agora que a escultura de Nossa Senhora de Fátima é ucraniana vamos procurar que ela percorra o país” disse à Sala de Imprensa do Santuário, o padre Vasyl Bilash, um dos responsáveis pela peregrinação em Lviv.
Um sinal de esperança
O sacerdote, acompanhado de nove leigos e dois sacerdotes ucranianos recordou com emoção a peregrinação da imagem de Fátima nos últimos sete meses.
“Foi um sinal de esperança que chegou à Ucrânia. Milhares de pessoas rezaram diante desta imagem e muitas, que estavam assustadas e tinham já desistido da vida diante da guerra e das perdas que sofreram, voltaram a acreditar que será possível vencer a guerra e libertar a Ucrânia da ocupação russa”, disse o sacerdote.
“Foi um sinal de esperança, mas foi também um milagre que a presença da Virgem de Fátima operou”, esclareceu.
O reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, que recebeu a comitiva ucraniana que se encontra em Fátima a participar na Assembleia do Apostolado Mundial de Fátima, lembrou a oração “permanente e diária” que se tem feito no Santuário desde que a guerra eclodiu e prometeu “comunhão e união” com a Ucrânia.
“Continuaremos a rezar por vós. Quero que saibam que não estão sozinhos!” disse o sacerdote que agradeceu o “empenho na difusão, aprofundamento e expansão” da mensagem de Fátima nestas paragens europeias.