Há crianças e jovens a ser adicionados em larga escala a grupos de WhatsApp onde circulam conteúdos de pornografia e violência.
O alerta é lançado pelo projeto "Agarrados à Net", confirmando uma notícia que o “Jornal de Notícias” avançou esta sexta-feira.
”Os miúdos são adicionados a grupos de WhatsApp com conteúdos no domínio da pornografia e violência”, explica, acrescentando que, mesmo quando “as crianças e jovens removem-se dos grupos, voltam a ser adicionadas”.
Os grupos têm nomes semelhantes a “Bora criar o maior grupo do WhatsApp”.
Tito de Morais refere que os casos inicialmente reportados dizem respeito a escolas do Porto, em “zonas privilegiadas”, por exemplo, na zona da Foz ou Boavista, mas têm já conhecimento de pelo menos um caso na Madeira e outro em Lisboa.
“Este é o tipo de fenómenos que, com o tempo, vai-se alargando e começam a surgir casos por todo o país”, explica.
Ao que a Renascença apurou junto de fonte da Direção Nacional, a PSP já está a par da situação e assegura que as equipas da Escola Segura já estão a entrar em contacto com os agrupamentos para alertar para os cuidados a ter.
O meu filho está num destes grupos. E agora?
Os pais e encarregados de educação devem garantir que os filhos saem desse grupo, denunciar às autoridades através da própria aplicação e bloquear o contacto que o adicionou.
Nestas declarações à Renascença, Tito de Morais explica ainda que os pais devem garantir que as definições do WhatsApp no telefone dos filhos devem permitir que sejam adicionados a grupos apenas por contactos que constem da sua lista e não por qualquer contacto, que “é a definição por defeito”.
Os pais devem ainda “falar sobre o assunto” com os filhos e explicar que não devem convidar ninguém “para este tipo de convites”, nem “divulgar a existência destes grupos”, de forma a evitar a “proliferação destas situações”, remata.