"Não percebo como Eduardo Cabrita ainda não se demitiu", diz Taborda da Gama
10-12-2020 - 19:30

O caso Ihor Homeniúk esteve em destaque no frente a frente entre Fernando Medina e João Taborda da Gama. De um lado, Medina defende uma "refomulação profunda" no SEF, face à gravidade do caso, do outro João Taborda da Gama considera que, "por mais amizade e estima que [António Costa] tenha para com o ministro Eduardo Cabrita, parece que o caso tem uma gravidade tal que todas as demissões pecam por tardias".

"Naturalmente que não há culpa direta do ministro, mas há culpa política".

É este o argumento que leva João Taborda da Gama a defender na Renascença a demissão imediata do ministro da Administração Interna, na sequência da morte do cidadão ucraniano nas instalações do SEF no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

"Por mais amizade e estima que tenha para com o ministro Eduardo Cabrita, parece que o caso tem uma gravidade tal que todas as demissões pecam por tardias", diz Taborda da Gama.

Por sua vez, Fernando Medina considera que "é preciso perceber se isto é um caso isolado ou se tem uma dimensão de uma natureza tal que implica uma mudança relativamente à estrutura".

"12 pessoas envolvidas numa operação de encobrimento é de uma gravidade numa instituição do Estado que precisa de uma reformulação profunda", conclui.