Quinze enfermeiros da urgência de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) correm o risco de serem despedidos no final deste mês por falta de autorização do Governo para a contratação, alertou esta quinta-feira o Sindicato dos Enfermeiros.
Com um protesto a decorrer frente ao hospital ao início desta tarde, Ivo Gomes, do Sindicato dos Enfermeiros, disse à agência Lusa que os contratos de quatro meses vão terminar no final deste mês.
“A instituição já pediu autorização para a renovação ou celebração de novos contratos e a tutela ainda não deu resposta nem sobre esta questão, nem sobre a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento, que viria a colmatar estas necessidades”, explicou o dirigente, referindo-se à celebração de contratos sem termo.
O Sindicato dos Enfermeiros “exigiu a vinculação definitiva” destes profissionais, já que, se estes profissionais não voltarem a ser contratados, as urgências poderão ser afetadas já em setembro.
"Estão em causa a continuidade e a segurança dos cuidados de saúde, as escalas para setembro da urgência e o pagamento de horas extraordinárias de cerca de 100 turnos por mês neste serviço.”
Questionada pela Lusa, a presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, esclareceu que “os contratos não são passíveis de serem renovados do ponto de vista legal”, mas a instituição “está a tentar encontrar uma solução transitória”.
O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
Estes concelhos dividem-se entre os distritos de Lisboa e Leiria e representam uma população de cerca de 293 mil pessoas.