Pai diz que os filhos são “reféns” do Estado e da escola, que acusa de tudo fazerem para que não passem de ano. Em causa está a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, contestada por Artur Mesquita Guimarães, por formar consciências.
“A escola e o Ministério da Educação continuam a querer perseguir os nossos filhos. Tomaram-nos como reféns e estão a fazer tudo para que isso [o chumbo de ano] aconteça.”
Os dois filhos não frequentam a cadeira na escola de Famalicão e, pelo segundo ano, correm o risco de ficar retidos por faltas.
“Estou em crer que não vão ter de repetir ano nenhum, até porque seria uma grande injustiça e colocava de rastos um estado de direito. Há um processo de reclamação de direitos que teve origem no ano passado num episódio semelhante ao que estamos a viver este ano e não está terminado. São alunos exemplares sob todos os pontos de vista – quer na perspetiva de bons cidadãos, quer na perspetiva de resultados escolares – e seria desajustado terem de repetir o ano”, refere.
O pai dos dois irmãos, ouvido este domingo pela Renascença, explica ainda que esta semana foi entregue a segunda providência cautelar para impedir que os filhos sejam reprovados.
Artur Mesquita Guimarães espera uma decisão rápida sobre a providência cautelar e acusa a escola e o Ministério de perseguição e “bulliyng”.
“É completamente desproporcionado este bullying. A providência cautelar deve correr com rapidez e admitimos que rapidamente o processo esteja normalizado. Depois, com certeza, continuaremos a discutir em tribunal o processo de reclamação de direitos que acionamos no ano passado. Estamos tranquilos em relação a tudo isto”, acrescentou. “É lamentável que tenhamos uma perseguição por parte da escola e do Ministério da Educação”.
Os dois rapazes, se tudo decorrer normalmente e em linha com as notas que registam, devem passar no próximo ano letivo para o 10.º e 8.º anos de escolaridade, respetivamente.