Jorge Jesus encara os testes positivos de Darwin Nuñez e Weigl à Covid-19 como situações naturais, à luz do contexto atual da pandemia. O treinador do Benfica está sem os dois jogadores, mas procura olhar para o problema a partir da solução.
"Nem tudo é mau. Se acreditarmos na imunidade já é um que não tem o problema do vírus", observa, em resposta a uma pergunta, em concreto, sobre Darwin. Da sua experiência no Flamengo, recorda que os jogadores que foram infetados, depois de recuperaram da doença não voltaram a testar e estiveram sempre disponíveis.
Jesus entende que "temos de saber viver com a Covid-19, em todas as profissões" e salienta que o futebol "é um exemplo para todos os setores".
"Os jogadores fazem testes de três em três dias. O Darwin foi contagiado na seleção, mas o Weigl testou positivo connosco e foi logo isolado. Os restantes jogadores voltaram a testar e estão negativos", detalha.
"Seleções deviam ter parado"
Além de Darwin Nuñez, houve um conjunto de outros jogadores uruguaios que contraíram o vírus durante o período em que estiveram na seleção. O treinador do Benfica considera que "um dos perigos [de contágio] é a ida às seleções".
Jesus é da opinião que "as seleções deviam ter parado". "As seleções, sobretudo as sul-americanas, não estão tão organizadas como os grandes clubes europeus, onde há um controlo diário dos seus atletas. As seleções deviam ter parado. São, sobretudo, os jogadores que vão às seleções que contraem o vírus", argumenta.
O técnico dos encarnados deixou ainda uma perspetiva mais geral sobre a pandemia e defende que "o primeiro passo [para combater a Covid-19] é testar toda a gente, que é aquilo que fazem as equipas de futebol".
Darwin e Weigl vão falhar os dois próximos jogos do Benfica, com Paredes, para a Taça de Portugal, e Rangers, para a Liga dos Campeões. Dependendo da evolução clínica poderão estar disponíveis para o desafio com o Marítimo, o próximo do campeonato, marcado para 30 de novembro.