A Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, vai estar sem receber grávidas enviadas pelo CODU/INEM até às 9h00 da manhã de domingo.
As urgências vão funcionar normalmente para as grávidas que se deslocarem pelos seus próprios meios, indica fonte hospitalar.
A decisão foi tomada puramente por uma gestão de fluxos, segundo a mesma fonte.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse esta, segunda-feira, que as maternidades da região estão a funcionar normalmente, mas “poderão existir limitações em algumas unidades hospitalares”.
A ARSLVT refere, em comunicado, que “alguns hospitais, num determinado período do dia, poderão ativar o desvio de CODU/INEM, um mecanismo utilizado há anos na gestão da procura pelo SNS”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrou-se esta segunda-feira contra uma eventual demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, na sequência da crise nas urgências hospitalares.
Esse não é o debate essencial neste momento, disse o Presidente da República, à margem da sessão de encerramento da conferência “Dez anos do Conselho das Finanças Públicas”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
“Neste caso é um problema global de política. Era avaliação da situação após o fim da pandemia, definição de linhas, afetação de meios e as pessoas estão ao serviço disso. O fundamental são as políticas, não propriamente o A, B, C ou o D”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa.
“Há muito essa ideia: muda-se o A, B, ou o C, isso vai facilitar porque o A está cansado, esgotado. Eu acho que esta perspetiva de fundo é que é essencial para a sociedade portuguesa. Eu admito que depois o debate sobre as pessoas possa ser feito, mas aqui o debate fundamental não é esse”, defende o Presidente da República.