Depois da polémica, arranca esta segunda-feira a época de provas de aferição nas escolas. Os primeiros a testar os seus conhecimentos são os alunos do 4º e 6º anos, que fazem provas a Português e Matemática.
A avaliação externa do ensino básico sofreu alterações ao longo deste ano lectivo, o que suscitou polémica junto da comunidade educativa. Tudo começou no final de 2015, logo após a tomada de posse do novo Governo, quando o Parlamento eliminou os exames do 4º ano.
Já em Janeiro, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, acabou com as provas do sexto ano e anunciou o novo modelo de avaliação externa para o ensino básico – um modelo que inclui provas de aferição a meio dos três ciclos do ensino básico (nos 2º, 5º e 8º anos), já para entrar em vigor no presente ano lectivo.
A polémica estalou e foi necessária a intervenção do Presidente da República para se definir um regime transitório, que deu o poder de decisão aos directores dos agrupamentos escolares. Até 30 de Abril, tiveram de comunicar à tutela que provas iriam fazer no primeiro, segundo e terceiro ciclos.
Menos de 8% dos directores decidiram realizar as antigas provas finais dos 4º e 6º anos em conjunto com as novas provas de aferição e só 2% optaram por realizar as provas dos 4º e 6º anos.
Tiveram, assim, vida curta os exames do primeiro e segundo ciclos, que tinham sido aprovadas pelo ministro Nuno Crato, do governo de coligação PSD/CDS, e que contavam para a nota final de ciclo.
Quanto às novas provas de aferição, anunciadas por Tiago Brandão Rodrigues, mais de metade dos directores decidiram realizá-las. Arrancam a 6 de Junho.
As provas de aferição que agora arranca podem ser realizadas até dia 3 de Junho e deixarão de constar do calendário de avaliação externa do ensino básico no próximo ano lectivo.