A França e a Ucrânia assinaram esta sexta-feira um acordo bilateral de segurança. Paris promete a Kiev mais de 3 mil milhões de euros em ajuda militar até ao final do ano.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelenksy, no Palácio do Eliseu e garantiu que vai continuar a apoiar a Ucrânia no esforço de guerra contra a Rússia.
A França vai enviar mais armamento, nomeadamente para defesa aérea, e treinar mais militares ucranianos, indica o Palácio do Eliseu, numa altura em que a guerra da Ucrânia vai entrar no segundo ano, desde a invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022.
A Presidência francesa refere que o novo acordo bilateral contempla mais de 3 mil milhões de euros em ajuda adicional para a Ucrânia ao longo do ano de 2024.
“Isto inclui o desenvolvimento de um setor de defesa moderno na Ucrânia e um caminho para um futuro na NATO”, sublinha o gabinete de Emmanuel Macron.
Em conferência de imprensa conjunta, Emmanuel Macron anuncia que visitará a Ucrânia durante o mês de março.
O Presidente francês pediu explicações sobre a morte do dissidente russo Alexei Navalny e disse que a Rússia entrou numa nova fase de agressão contra a Europa e está a apertar ainda mais o cerco à oposição interna. Os russos que votarem em Vladimir Putin nas eleições de março "estão a votar num assassino", declarou o chefe de Estado.
Neste contexto, Macron considera que a Europa tem que agir já e não pode estar dependente do resultados das eleições presidenciais norte-americanas, marcadas para novembro, em que o republicano Donald Trump é apontado como favorito, nesta altura.
Horas antes, Volodymyr Zelenksy tinha assinado um outro acordo bilateral de segurança com a Alemanha.
O acordo abrange os "compromissos de segurança e apoio a longo prazo" da Ucrânia, segundo o Governo alemão, citado pela agência francesa AFP.