O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, nega qualquer
guerra com as estruturas locais no que diz respeito à candidatura autárquica
para Lisboa, depois das
notícias de que não estaria disponível para aceitar os
nomes indicados pela concelhia local Coligação PSD-CDS para Lisboa.
Questionado pela Renascença, Francisco Rodrigues dos Santos deixou claro que a decisão será tomada de acordo com as regras, ouvindo as estruturas, mas com a direção nacional a ter a ultima palavra. Um aviso, no entanto, para os críticos: diz que não é pressionável nem é por fazerem barulho na comunicação social os eventuais candidatos a Lisboa que vão "levar a água ao seu moinho".
“Não sou pressionável por notícias de jornais. Giro o meu partido pelas regras que são aprovadas pelos seus militantes e pelos procedimentos que estão instituídos há muitos anos”, avisa Francisco Rodrigues dos Santos em declarações aos jornalistas à margem da intervenção inicial que fez no conselho nacional do seu partido, que está reunido este sábado.
Francisco Rodrigues dos Santos a responder às notícias que dão conta de um mal-estar na concelhia do CDS de Lisboa, que indicou já 3 candidatos para integrarem a lista conjunta com o PSD, liderada por Carlos Moedas.
João Gonçalves Pereira, autarca democrata-cristão, anunciou já que abandona o seu lugar no Parlamento para se dedicar à campanha autárquica, mas pode não ser aceite a indicação do seu nome pela direção nacional do partido.
“A fase em que a direção do partido está neste momento é em diálogo permanente com representantes do PSD para estabelecermos um programa eleitoral que ofereça aos lisboetas esta perspetiva de mudança e alternativa ao socialista. Depois avançaremos para a repartição e lugares entre as estruturas partidárias e só depois indicação de nomes. É um processo que está a decorrer com toda a normalidade”, disse Francisco Rodrigues dos Santos, lembrando as regras do processo autárquico no CDS.
“Vamos aprovar o nosso regulamento autárquico nacional. As regras estão estabilizadas no partido ao longo dos últimos anos e a primeira palavra, na escolha dos nomes, pertence às estruturas de base do partido. Foi isso que fizeram: indicaram os candidatos que na sua opinião estariam nas melhores condições para representar o partido. Mas também sabemos a decisão final e a última palavra pertence à direção do partido”, continuou o líder do CDS, prometendo: “Vou tomar sempre a decisão que seja mais certa para o partido e que vá ao encontro da expectativa do nosso eleitorado.”
O presidente centrista apresentou na intervenção inicial no conselho nacional o perfil dos candidatos autárquicos do CDS, destacando que é preciso renovação nas listas e anunciando que toda a comissão política nacional será candidata, para dar o exemplo. Ele próprio deverá ser número 1 da lista à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, onde tem raízes familiares.