O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirma que o estado de emergência no caudal do Tejo "está ultrapassada" e adianta que o Governo espanhol prometeu resolver o quase esvaziamento da barragem de Cedillo até 15 de dezembro.
"A reunião foi feita - não por mim, mas pelo nosso embaixador em Madrid -, e Espanha, ao pedido que o Governo português fez, subscrito por mim, respondeu 'sim' e comprometeu-se com a data de 15 de dezembro para estar regularizado. Chegar à quota 114 partindo de uma quota 96", asseverou Matos Fernandes, em declarações à TSF.
De acordo com o ministro, a evolução está a ser favorável, salientando que "no domingo já tinha chegado à quota 109."
João Pedro Matos Fernandes disse que a "emergência" no caudal do Tejo "está ultrapassada" e adiantou que "terá oportunidade de falar sobre o assunto com a ministra da Transição Ecológica espanhola, Teresa Ribera, na quarta-feira no Conselho de Ministros, em Bruxelas.
O ministro esclareceu que uma reunião direta com a ministra espanhola do Ambiente "já não é urgente, porque a situação está ultrapassada".
O governante destacou também estar a trabalhar com as autarquias afetadas pela barragem de Cedillo (Castelo Branco e Vila Velha de Ródão) para que os prejuízos causados nas estruturas locais sejam "rapidamente repostas ou financiadas pela Agência Portuguesa do Ambiente"
A ministra da Transição Ecológica de Espanha, Teresa Ribera, reconheceu na semana passada haver "um problema de represas em cadeia" que afetam o caudal do rio Tejo, mas assegurou que Madrid "nunca falhou" os acordos com Portugal.
O ministro português do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou há umas semanas em Ílhavo (Aveiro) a necessidade de "aprofundar a Convenção de Albufeira", que regula as transferências de água de Espanha para Portugal, para haver uma maior regularidade nos caudais do Tejo, afastando, no entanto, a possibilidade de o país obter um maior caudal vindo de Espanha.