O ministro da Defesa, Azeredo Lopes, considera que “não é admissível a falta de videovigilância” junto aos paióis de Tancos, de onde foi roubado material militar.
Em entrevista à SIC, o governante reconhece que esta “é uma situação grave” e “justifica preocupação”. “Justifica preocupação, mas, sem menosprezar minimamente a gravidade dos factos, não é a maior quebra de segurança. Há quebras e falhas de segurança muito superiores a esta”, diz. "Nem é preciso evocar os trágicos acontecimentos que têm varrido o continente".
Azeredo Lopes acrescenta que já solicitou um conjunto de inspecções a outras instalações militares sensíveis, quer do Exército, quer da Força Aérea, quer da Marinha. O ministro confirma que o “exército reforçou vigilância desses paióis e abriu um inquérito”. Está também a ser feita “uma avaliação de risco”.
O governante lembra que já estavam previstas verbas para obras (316 mil euros, mais IVA, para a "reconstrução da vedação periférica exterior no perímetro norte, sul e este dos Paióis Nacionais de Tancos". “O ministro não é informado de que há uma vedação em Tancos que não está em condições”, refere. “Por muito estranho que possa parecer o ministro da Defesa Nacional não sabe se há falta vigilância em Tancos, aloca ao Exército a tarefa de manter a segurança no local.”
Aos parceiros da NATO “foi dita a verdade” sobre o roubo. "Não podia ser de outra forma”, acrescentou.
O Exército confirmou esta sexta-feira que desapareceu material militar em grande quantidade.
O PSD e o CDS já anunciaram que querem ouvir o ministro da Defesa no Parlamento sobre este assunto e os social-democratas também requereram a audição do chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte.