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A ministra da Saúde foi questionada este domingo sobre as suas declarações de sábado à noite, na SIC, acerca de uma eventual celebração do 13 de maio em Fátima.
Marta Temido disse que não existe qualquer diferença entre o que ela disse e o que foi estipulado pela própria Igreja, sublinhando, por duas vezes, que “há uma diferença entre peregrinos e celebrantes”.
Na noite de sábado, a ministra foi confrontada com uma eventual dualidade de critérios, por não se permitirem missas públicas até ao dia 30 de maio mas ter sido autorizada a celebração do 1 de maio pela CGTP. Marta Temido respondeu então que “se essa for a opção de quem organiza as celebrações, de organizar uma celebração do 13 de Maio onde possam estar várias pessoas, desde que sejam respeitadas as regras sanitárias, isso é uma possibilidade”.
A diocese de Leiria-Fátima já tinha dito no início de abril que este ano as celebrações do 13 de maio serão realizadas sem peregrinos, apenas com missa dentro da Basílica.
Questionada outra vez sobre o assunto esta tarde, em conferência de imprensa diária sobre o novo coronavírus, a ministra disse que não existe qualquer confusão.
“Todos sabem que a igreja católica há muito definiu, e com grande prudência, que este ano não haveria peregrinos no Santuário de Fátima. As celebrações teriam lugar dentro da Basílica e seriam transmitidas televisivamente”, explicou.
“Os membros do Governo responsáveis pela Administração Interna e de Saúde podem conjuntamente autorizar a organização de determinadas celebrações ou eventos. Há uma diferença entre peregrinos e celebrantes. Aquilo que a Igreja Católica definiu foi a intenção de que este ano as celebrações acontecessem num caso específico e nós estamos totalmente disponíveis para ajudar.”
“Não se confundam celebrantes com peregrinos. Não há aqui nenhuma confusão ou situação diferente da que estava prevista e prudentemente definida pela Igreja”, concluiu a ministra.
Não obstante a sua insistência de que não existe qualquer confusão, o Santuário manifestou-se esta manhã precisamente surpreendida com as declarações da ministra na noite de sábado.
A insistência da ministra de que “não se confundam celebrantes com peregrinos” também ficou por explicar, mas fica a ideia de que a celebração a que se referia na noite de sábado seria sempre uma celebração sem a presença de fiéis, o que não estava sequer em causa, desde o dia 6 de abril, quando a cardeal D. António Marto disse que as peregrinações estavam suspensas.