A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fiscalizou 292 operadores económicos, entre supermercados e hipermercados, tendo instaurado 16 processos-crime por especulação e 27 processos contraordenacionais, informou hoje esta entidade.
Segundo adianta um comunicado, a operação de fiscalização decorreu, de norte a sul do país, direcionada à cadeia alimentar (supermercados e hipermercados), designadamente ao nível da verificação da prática de alegado lucro ilegítimo (especulação), obtido na venda de bens alimentares e não alimentares e, bem assim, na afixação e vendas com redução de preços.
Dos 16 processos-crime instaurados por especulação (delito antieconómico), um diz respeito a um pequeno retalhista, outro a um hipermercado e os restantes a supermercados de grandes insígnias da cadeia alimentar.
"Dos produtos detetados, cerca de 88% são inerentes à área alimentar - leite, ovos, carne, massas, salsichas, batatas, cebolas, cereais, manteiga e bebidas."
Dos 27 processos contraordenacionais, destacam-se como principais infrações a falta de afixação de preços, o desrespeito pelas regras de anúncio de vendas com redução de preços, as práticas comerciais desleais, o incumprimento de práticas leais de informação e a prática de ações enganosas.
Durante a operação foi ainda verificado que, dos produtos detetados em preço de caixa na área alimentar, existiam variações de 1,16% a 69,5% (para cereais e massas) sobre o preço tabelado.
Para os produtos detetados em preço de caixa na área não alimentar, as variações oscilavam entre 6,5% a 27% (para pensos higiénicos e papel higiénico) sobre o preço tabelado, indicou ainda a entidade fiscalizadora.
A ASAE acrescenta que foram também notificados cinco operadores económicos, no âmbito das práticas individuais restritivas de comércio, e determinada a suspensão de atividade a dois operadores económicos por incumprimento dos requisitos gerais e específicos de higiene.