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Há cerca de um milhão e 170 mil eleitores em isolamento neste domingo, dia de eleições legislativas. As contas são feitas tendo em conta o número de casos ativos e de pessoas em vigilância, segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico diário, a soma destes casos dá 1.222.478 pessoas, mas nem todos estes doentes e confinados têm idade para votar. A Renascença subtraiu, por isso, a este total, o número de crianças infetadas – um total de 14.797 entre os 0 e os 19 anos.
Assim, o número total de pessoas em isolamento é de 1.178.564. Como não é possível isolar os eleitores com 18 anos, este é o número mais aproximado possível ao de eleitores confinados, que será ligeiramente mais elevado.
Segundo dados do Ministério da Administração Interna, votaram, até ao meio-dia, 23,27% dos eleitores portugueses, o que representa uma percentagem superior à das últimas legislativas (realizadas em 6 de outubro de 2019).
Para evitar um possível aumento da abstenção e garantir o direito de voto a todos os eleitores, o Governo criou um período específico para aqueles que estão confinados por causa da Covid-19 poderem votar. A recomendação é que votem entre as 18h00 e as 19h00.
“Foi a solução possível”, disse, neste domingo de manhã, João Cotrim Figueiredo, presidente da Iniciativa Liberal. Também Marcelo Rebelo de Sousa, em Celorico da Beira, comentou a solução encontrada, explicando que a lei deixa pouca margem para outras alternativas.
Neste domingo em que se elege um novo Parlamento, todos os líderes partidários e o Presidente da República apelaram ao voto.
“É uma prova de vida, de vitalidade e de democracia”, afirmou o chefe de Estado. O primeiro-ministro, António Costa, descreveu por seu lado o dia como “a festa da democracia”.
Os líderes dos partidos com assento parlamentar votaram até às 13h30, tendo o presidente da Iniciativa Liberal sido o primeiro e o presidente do Chega o último.