A afluência de peregrinos ao Santuário de Fátima aproxima-se dos níveis anteriores à pandemia, anunciou esta quarta-feira o reitor do Santuário.
Na conferência de imprensa que antecedeu o início da Peregrinação Internacional Aniversária de 12 e 13 de outubro, o padre Carlos Cabecinhas revelou que, até ao final de setembro deste ano, inscreveram-se nos serviços do Santuário 2.133 grupos de peregrinos, ou seja, mais 653 grupos do que em igual período de 2021. Destes, 1.340 eram grupos estrangeiros e 793 eram portugueses.
Entre os inscritos, o destaque vai para as grandes famílias religiosas e os movimentos eclesiais que, neste ano, retomaram as peregrinações nacionais, mas também algumas dioceses de Portugal, a que acrescem os grupos estrangeiros que vieram, sobretudo, em maio e setembro.
Maio para portugueses, outubro para estrangeiros
Em maio, disse o padre Carlos Cabecinhas, a maior presença foi a de portugueses, enquanto que, em outubro, quem prefere vir são os estrangeiros.
Em termos de países, Espanha é o que tem tido mais peregrinos presentes nas celebrações oficiais, tendo sido também o país que mais rapidamente voltou ao santuário. Até setembro, vieram 378 grupos de Espanha, enquanto, no ano passado, tinham vindo apenas 148.
Mas é também marcante o aumento do número de peregrinos espanhóis que vem em família, e não já em grupos organizados, salientou o reitor.
Depois de Espanha, surgem a Polónia, com 180 grupos, a Itália, com 154, e os Estados Unidos, com 136 grupos.
Quanto aos grupos asiáticos, eles estão longe dos números pré-pandemia.
Embora este ano a Cova da Iria já tenha recebido 35 grupos vindos da Ásia, a maioria das Filipinas e da Coreia do Sul, ainda “estamos bastante longe daquilo que era a situação que se verificava em 2019”, adiantou Carlos Cabecinhas.
“Estes dados mostram que a afluência a Fátima começa a regressar àquilo que eram os registos habituais pré-pandemia”, defendeu o reitor, que considerou que “isto dá-nos alento para encararmos o próximo ano com esperança renovada, apesar da guerra na Ucrânia e da situação económica difícil em que os nossos países se veem mergulhados”, acrescentou.