O Kremlin volta a afirmar que a Rússia nada tem a ver com a queda de um míssil na Polónia.
Numa mensagem no Telegram, o representante do Governo russo na ONU fala do incidente como uma tentativa de criar um conflito direto entre a NATO e Moscovo.
Já a Associated Press avança que as avaliações preliminares à queda do míssil sugerem que este tenha sido lançado por forças ucranianas contra militares russos que se aproximavam da região.
Por sua vez, o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, diz não haver provas conclusivas sobre quem lançou o míssil e diz que foi um incidente isolado “Como é evidente, sabemos que a Rússia passou o dia inteiro a atacar a Ucrânia com mísseis, mas não temos provas concretas de quem lançou o míssil, para já. A investigação está a decorrer”, disse.
“Acredito firmemente que os inspetores vão clarificar isso. Muito provavelmente foi um míssil de fabrico russo, mas todas essas questões estão a ser investigadas. O Presidente Joe Biden já declarou que nos apoiará com o envio de especialistas norte-americanos para nos ajudarem a inspecionar o local deste incidente trágico. Ou seja, será uma cooperação podemos dizê-lo, entre aliados. Até agora, podemos confirmar que foi um incidente isolado. Nada sugere que se possa repetir”, acrescentou.
Para o Presidente dos Estados Unidos é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido lançado a partir da Rússia. “Há informações preliminares que contestam isso”, disse Joe Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi lançado da Rússia.
“É improvável nas linhas da trajetória que tenha sido lançado da Rússia, mas veremos”, acrescentou.
Por outro lado, os líderes do G7 e da NATO decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, revelou.
União Europeia apoia investigações
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou esta quarta-feira que a União Europeia vai apoiar a Polónia nas investigações em curso sobre a queda do míssil na zona de zona de Przewodów, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
“Debatemos a explosão na Polónia, perto da fronteira. Oferecemos o nosso total apoio à Polónia e assistência às investigações em curso. Vamos manter-nos em contacto com os nossos parceiros sobre os próximos passos. Estaremos com a Ucrânia o tempo que for necessário e estamos unidos”, disse Von der Leyen.
Duas pessoas morreram na sequência da queda de um “projétil de fabrico russo”, na terça-feira, na zona de Przewodów, a cerca de 10 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Os embaixadores da NATO vão reunir-se, esta quarta-feira, a pedido da Polónia depois das explosões perto da fronteira com a Ucrânia e que provocaram dois mortos, avança a agência Reuters, citando dois diplomatas europeus não identificados.