As autoridades de Macau anunciaram que os portugueses não residentes podem, a partir da próxima sexta-feira, entrar no território, sem autorização prévia dos Serviços de Saúde locais.
A exceção vai para quem, nos 21 dias anteriores à entrada em Macau, tenha estado na China, Hong Kong e Portugal.
"A partir do dia 27 de maio de 2022, as pessoas detentoras de nacionalidade portuguesa que não tenham estado em locais fora do Interior da China, da Região Administrativa Especial de Macau, da Região Administrativa Especial de Hong Kong ou de Portugal (exceto os locais onde tenham permanecido devido a escala ou transbordo de meios de transporte) nos últimos 21 dias anteriores à entrada, podem entrar em Macau, em cumprimento dos requisitos de entrada, sem autorização prévia das autoridades de saúde", indicaram, em comunicado.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, que as autoridades locais proibiram a entrada de não residentes, como medida de controlo e prevenção da Covid-19.
Mas, "tendo em conta as necessidades dos residentes ou entidades da RAEM, a autoridade sanitária pode ainda dispensar, a título excecional, o cumprimento da respetiva medida por parte de determinado grupo de pessoas", referiu-se na mesma nota.
Dado que a situação epidémica em Portugal é "considerada moderada e o intercâmbio entre pessoas de Macau e Portugal é necessário", os Serviços de Saúde determinaram o levantamento das medidas de restrição aplicadas "às pessoas detentoras de nacionalidade portuguesa", e sem bilhete de identidade de residente do território, depois de "avaliação do risco epidémico".
As autoridades de saúde lembraram a necessidade de cumprir os requisitos de entrada, nomeadamente 14 dias de quarentena num quarto de hotel, e a apresentação dos documentos exigidos pelas autoridades sanitárias "antes do embarque" ou na chegada.
Em 14 de abril, Macau tinha anunciado que ia levantar as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses, devido à falta de docentes nas escolas internacionais. Entretanto, as autoridades alargaram, na quinta-feira, esta isenção a trabalhadores não residentes oriundos da Indonésia.
Macau registou 82 casos desde o início da pandemia, que causou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo.