Veja também:
- Medina reuniu-se com CEO da TAP, mas não informou que a ia demitir no dia seguinte
- Pires de Lima. "É improvável que tenhamos sido enganados na compra dos aviões"
- CEO da TAP: "Sou um bode expiatório numa batalha política"
O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, pede a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba. Em causa está uma reunião da CEO da TAP com deputados socialistas no Parlamento, em janeiro, na véspera de Christine Ourmières-Widener ir à comissão de economia.
O encontro com deputados do PS e membros do Governo socialista aconteceu na véspera da primeira audição parlamentar sobre a indemnização à ex-gestora Alexandra Reis.
O encontro com o atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, no cargo após a saída de Pedro Nuno Santos, consta de uma troca de emails entre Christine e o Ministério das Infraestruturas.
“Atendendo que esta informação não foi até à data negada, que o Sr. ministro João Galamba se demita de funções governamentais, porque é insustentável, insuportável do ponto de vista da separação de poderes, da saúde do regime democrático, que haja uma reunião desta natureza, seguramente, a ter acontecido, para condicionar os esclarecimentos que a CEO da TAP iria prestar no Parlamento”, declarou o líder da Iniciativa Liberal.
Rui Rocha desafia também o primeiro-ministro, António Costa, a “esclarecer toda esta situação” e o líder parlamentar do a pronunciar sobre o caso da reunião com Christine Ourmières-Widener.
PSD critica "reunião secreta" e desafia Costa
Já o PSD quer que o primeiro-ministro, António Costa, tire consequências.
O deputado Paulo Rios de Oliveira diz que João Galamba tem de pensar se tem condições para continuar no cargo.
“Um ministro que mente ao Parlamento e um ministro que organiza reuniões secretas, misturando o trabalho de dois órgãos de soberania, tem que repensar bem se tem condições e credibilidade para exercer o cargo.”
O ministro das Finanças, Fernando Medina, também não foi poupado nas críticas de Paulo Rios, do PSD.
“Um ministro, como Fernando Medina, que perante o relatório da IGF, que deu origem a uma conferência de imprensa bizarra, em que demitiram perante Portugal inteiro a CEO da TAP, pedindo-lhe depois mais para ser ouvida ouvida na tal auscultação prévia, é um ministro que também não tem bem a noção da responsabilidade. Tudo isto tem de ser ponderado pelo primeiro-ministro”, declarou o deputado social-democrata.
[notícia atualizada às 22h06]