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Marcelo Rebelo de Sousa enaltece, em declarações à Renascença, a capacidade do Papa Francisco de dar o exemplo aos demais, ao preencher todos os momentos programados com "discursos espetaculares" sobre temas fundamentais e aproveitar todos os pequenos espaços de tempo livre para escutar quem mais precisa.
À chegada ao Parque Eduardo VII, nos momentos que antecedem a Cerimónia de Acolhimento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, esta quinta-feira, o Presidente da República salienta o exemplo dado pelo Santo Padre, ao reunir com vítimas de abusos sexuais, refugiados e migrantes.
"Deu o exemplo de, logo no início da sua visita, querer ter um contacto direto com quem podia dar um testemunho único [sobre os abusos na Igreja] e ouviu testemunhos sobre testemunhos. De migrantes, refugiados, problemas ou de exclusão ou verdadeiramente de marginalização social, e tem aproveitado o tempo a um ritmo alucinante", realça.
Para Marcelo, o ritmo do Papa é "alucinante", porque já conseguiu, no pouco tempo livre que tem, nesta visita a Portugal, receber "grupos de pessoas vítimas de abusos sexuais, refugiados, migrantes, especificamente grupos de ucranianos e algumas famílias":
"Inclusive a família de uma acidentada no meio deste milhão de pessoas e que infelizmente nos deixou, em virtude desse acidente. O Papa tem tido tempo para tudo: além do que estava programado, ocupa os espaços disponíveis para ir ouvindo sobre os temas que acha fundamentais."
Sobre a faceta oratória do Papa, Marcelo realça que "o peregrino número 1 tem-nos proporcionado discursos espetaculares".
"Primeiro sobre a Europa, os riscos que a Europa corre de, de repente, num momento decisivo, perder o papel que tem e deve ter no mundo. Depois, migrações. Depois, inclusão social. Depois jovens, jovens, jovens. O fundamental é, verdadeiramente, sonhar e correr riscos. Também falou da Igreja. A guerra, paz... Tem percorrido todos os temas", assinala.
"Ainda longe do fim, mas até agora conseguimos"
Marcelo destaca, ainda, o "ambiente espetacular" no Parque Eduardo VII, onde considera estar "ainda mais gente" do que na terça-feira.
"Eu vim de Belém e o que havia de gente à espera de comboio, nas estações todas, era um mar. Depois, parei onde o trânsito estava cortado e acabei por vir a corta-mato, e está a entrar tanta gente e de todos os lados... Vamos comparar com o que aconteceu anteontem, mas acho que está mais gente", refere.
Instado a repetir o "conseguimos, Portugal, Lisboa, esperávamos, desejávamos, conseguimos, vitória" da reação ao anúncio de que Portugal organizaria a Jornada Mundial da Juventude, Marcelo repete o discurso triunfal, mas com um olhar para os dias que ainda faltam viver da JMJ Lisboa 2023: "Vamos ainda longe do fim, mas até agora conseguimos."
[Notícia atualizada às 16h11 de 3 de agosto de 2023]