O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse, este sábado,que o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é de um “cinismo atroz” por parte dos socialistas, comunistas e bloquistas.
“No meu tempo, ele [banco] era público e essas agências existiam. Porque é que agora têm de encerrar, agora que o banco tem de ser defendido como um banco público apoiado por comunistas, bloquistas e socialistas? Isto é de um cinismo atroz, um cinismo atroz”, disse Passos em Ermesinde, durante um almoço das mulheres sociais-democratas do distrito do Porto.
Passos Coelho lembrou que o presidente da CGD veio dizer que, por causa do plano de restruturação, que não há “nenhuma razão” para que a caixa tenha balcões em partes do território nacional onde os outros bancos não têm, questionando se o facto de a caixa ser pública não pressupõe “até certo ponto” um nível de serviço público.
“Se a ideia é não vale a pena estar onde os outros também não estão, como é que eles sustentam a ideia de que o banco deva ser público, há de ser público porquê?”, questionou.
O líder social-democrata defendeu que se o Estado português quer ter um banco público não pode deixar de observar as regras da concorrência, mas daí a dizer que tem de funcionar como um banco privado “desautoriza” quem entende que ele deva ser público.