O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, considera que, nesta altura, não há motivos para delinear um plano para retirar portugueses na Venezuela.
Questionado pelo CDS, esta quarta-feira, numa audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional, Gomes Cravinho disse que não está a ser feito qualquer plano específico para a Venezuela porque o Estado português não sentiu necessidade de o fazer.
"As Forças Armadas estão sempre prontas para, num curto período de tempo, desenvolver planos para circunstâncias que o justifiquem. Neste momento não temos circunstâncias que o justifiquem e, portanto, não temos um plano operacional para retirar portugueses da Venezuela."
Gomes Cravinho admite, contudo, que um plano desse tipo possa vir a ser criado "se se vier a justificar".
Na Venezuela, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
Para esta quarta-feira, está prevista a chegada de ajuda humanitária russa à Venezuela. Na segunda-feira, Nicolás Maduro anunciou que a Rússia enviou 300 toneladas de ajuda humanitária para os venezuelanos.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.