A quatro meses das eleições legislativas, a Iniciativa Liberal decidiu apresentar um pacote de 24 propostas de alteração ao Orçamento do Estado com as principais bandeiras do partido, a redução e simplificação dos impostos. João Cotrim Figueiredo apontou a redução dos escalões do IRS para apenas três, e a eliminação do IUC.
Mas há neste pacote outras medidas que a Iniciativa Liberal defende como prioritárias, sendo uma delas a devolução aos portugueses dos 3,2 mil milhões de euros que o Estado colocou na TAP.
A medida a que os liberais chamaram TAP, Ida e Volta, prevê que o dinheiro que o estado conseguir encaixar com a privatização da companhia aérea seja devolvido a todos os portugueses.
“Ninguém nos perguntou se nós queríamos lá pôs 3,2 mil milhões de euros, infelizmente não será esse valor, mas seja o que for que regresse aos portugueses” diz João Cotrim Figueiredo na conferência de imprensa.
A Iniciativa Liberal quer ainda devolver mais dinheiro aos contribuintes, por exemplo, quando os serviços públicos não conseguem prestar o serviço, na saúde, nos transportes públicos.
“É uma PPP, o programa presta ou paga. Ou presta o serviço ou paga por isso. Vai ser aplicado na saúde, todos os cidadãos que não têm os tempos máximos de resposta assegurados para uma consulta ou cirurgia, podem recorrer a uma lista de prestadores de saúde e o estado reembolsa o dinheiro” refere o deputado liberal.
E depois de ontem Pedro Nuno Santos, candidato à liderança do PS, ter dito, em declarações à SIC que "o projeto do PSD mais IL já é suficientemente radical" para gerar preocupação, "sem a muleta do Chega", o antigo líder da Iniciativa Liberal diz que o radicalismo do PS levou o país à estagnação.
“Se há radicalismo na política em Portugal, aquilo que tem sido feito nos últimos 25 anos, nomeadamente pelo PS, está a condenar o país à estagnação, é o radicalismo do imobilismo, da estagnação que combatemos”, salientou Cotrim de Figueiredo.
A Iniciativa Liberal decidiu apresentar apenas 24 propostas de alteração ao Orçamento do Estado, algumas delas já estavam pensadas antes da crise política, mas com ideias chave que vão constar do programa eleitoral que será mais vasto.
Aliás João Cotrim Figueiredo avisou ainda que a campanha eleitoral vai ser muito extremada, mas que os portugueses podem ver na Iniciativa Liberal “um partido responsável que não vai contribuir para o aumento dos decibéis” da campanha eleitoral.