“O Estado social pensado na década de 70 não serve a realidade dos portugueses hoje em dia”, pelo que “este é o tempo de o PSD propor aos portugueses um novo contrato social”, defendeu esta segunda-feira Miguel Pinto Luz, candidato à liderança social-democrata. Na apresentação da sua candidatura às eleições diretas de 11 de janeiro, Pinto Luz defendeu que é tempo de mudança e que é preciso que o PSD recupere influência.
“O nosso partido perde influência eleitoral porque tem perdido influência na sociedade e deixou de inspirar as camadas mais dinâmicas”, disse o candidato, que é vice-presidente da Câmara de Cascais e concorre com Rui Rio e Luis Montenegro a presidente do PSD.
Pinto Luz considera que o PSD deixou de ter rostos e ideias para áreas fundamentais da sociedade, como a cultura, as tecnologias ou o ambiente e se tem tornado um partido “obsessivo virado para a querela interna, que procura silenciar as vozes críticas”. Por isso, sem nunca nomear nenhum dos seus adversários, promete uma candidatura agregadora e que consigo “o PSD será uma oposição de confiança”.
“O PSD será a nova escolha dos portugueses e nunca por nunca a segunda escolha do PS”, afirmou, na apresentação da sua candidatura, esta segunda-feira, em Lisboa, centrando o discurso nas críticas ao PS e à “geringonça”, que “desconfiam da autonomia das pessoas” e fecham escolas e hospitais só porque são geridos por privados.
Por oposição, Pinto Luz quer, então, um “novo contrato social no qual o setor público e privado possam ser parceiros ao serviço das famílias e representem a escolha de qualidade que os portugueses merecem”. Quer também “aligeirar a carga fiscal que incide sobre as famílias” e “um novo paradigma de diálogo que amplie a capacidade de entendimento, permitindo que trabalhadores tenham presença nos modelos de governo das empresas”.
Para tudo isso, Pinto Luz promete um PSD inconformista, europeísta e personalista, que promova a participação política de todas as pessoas que escolheram Portugal para viver e constituir família.
“Não discuto idades, nem gerações dos protagonistas, uma partido não é feito só de mais novos ou de mais velhos, é feito de todos, não pode é ser feito sempre com os mesmos”, afirmou o candidato, quase a concluir, acrescentando que quer contar com todos – “os que estão comigo e com os meus adversários” – para a construção das vitórias eleitorais, a começar pelas eleições autárquicas de 2021.