A greve dos maquinistas da metro do Porto, que começou às 00h00 e termina às 24h00, regista uma adesão de 100%, estando a trabalhar apenas profissionais precários. De acordo com o sindicato, a paralisação está a afetar “fortemente” a operação.
“A adesão está dentro das nossas expectativas, a adesão dos nossos associados é total, ou seja, é de 100%. Há alguns maquinistas a trabalhar, mas são poucos e não são nossos associados, são trabalhadores precários”, contou o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMaq), António Domingues.
Por esse motivo, é que as operações não estão “totalmente paradas”, mas foram “fortemente afetadas”, frisou.
A greve à prestação de todo e qualquer trabalho foi convocada pelo SMaq, em representação dos trabalhadores da ViaPorto, subconcessionária operacional do metro do Porto, para o período entre as 00h00 e as 24h00.
Nesta que é a terceira greve este mês, os maquinistas querem a “valorização efetiva das carreiras de condução e regulação”.
O SMaq acusa a ViaPorto de assumir uma posição de “intransigência” e de “querer impor unilateralmente, de forma administrativa, aumentos que não são mais do que migalhas, desconsiderando todo o processo negocial anterior”.
Se a ViaPorto não se sentar à mesa das negociações, o SMaq vai continuar o processo de luta, não abdicando dele, garantiu António Domingues.
“Vamos dar um espaço temporal curto para ver se há uma aproximação da ViaPorto, mas se não houver essa disponibilidade teremos de continuar a lutar”, sublinhou.
Na quarta-feira, a metro do Porto alertou que a operação ia estar hoje “fortemente condicionada” devido a esta greve.
Em consequência desta paralisação, a operadora anunciou o encerramento de cinco linhas (Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja), bem como circulações pontuais na linha de Gaia (Amarela) e no tronco comum entre as estações Senhora da Hora e Campanhã.
Como forma de minimizar os efeitos da greve, a empresa tem disponível um serviço de transportes alternativos em autocarro nos segmentos das linhas Vermelha e Verde.