O ministro das Infraestruturas reconhece que o aumento do preço dos combustíveis tem "consequências severas", notando que o Governo tem que atuar "com cautela", porque a alteração da estrutura fiscal reduz as receitas necessárias para outros fins.
"Vamos ter que acompanhar com serenidade. Este impacto nos preços tem consequências muito severas na vida de todos nós", declarou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.
"O Governo português entende bem as dificuldades que os portugueses e as empresas vão enfrentando", afirmou o ministro.
O governante lembrou que a alteração da estrutura fiscal tem sempre como consequência a redução das receitas, necessárias para outros fins.
Pedro Nuno Santos falava à margem da assinatura do protocolo entre a Associação de Portos de Portugal (APP) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários do Brasil (ANTAQ), em Lisboa.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira que Portugal está disponível para "uma intervenção temporária" no IVA da energia a nível europeu, considerando que "não há milagres" relativamente à escassez da matéria-prima devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
"A subida dos preços é um dado que temos como adquirido e há um limite da capacidade da intervenção política sobre isso. Quando o principal país fornecedor de uma determinada matéria-prima não a produz, é inevitável que ela vai escassear e que isso se traduz no aumento dos preços e não há milagres que substituam aquilo que falta", disse o primeiro-ministro português aos jornalistas em Versalhes.