O debate do programa do Governo de António Costa arranca esta quarta-feira com PSD e CDS a pagar na mesma moeda e a apresentar uma moção de rejeição que vai insistir na tese da “falta de legitimidade” deste Governo. Passos e Portas querem voltar a alertar para os riscos do programa do PS e das negociações à esquerda.
O chumbo está anunciado: a esquerda não deixará passar a moção, avisa o comunista João Oliveira. “Estaremos contra a moção de rejeição apresentada pelo PSD e pelo CDS”, sublinha.
Já o Governo não apresenta moção de confiança porque “não tem qualquer problema da confiança”, conclui o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos. “O Governo não tem qualquer problema da confiança, não sente desconfiança, portanto não sente essa necessidade. O PSD e o CDS têm vontade e necessidade de apresentar uma moção de rejeição.”
“Será um momento importante para reafirmar a maioria que hoje temos no Parlamento”, defende o socialista.
Quanto à discussão do programa, o bloquista Pedro Filipe Soares quer que seja mais do que um lamento sobre a herança de PSD e CDS. “Não nos podemos deixar ficar centrados no que foram os quatro anos PSD e CDS.”
“São uma página do passado, um mau passado de má memória para o país. E é por isso que este debate tem de ser construtivo, apresentar soluções e apresentar os caminhos para o futuro do país”, afirma o deputado do Bloco de Esquerda.
Esta quarta-feira é dia da estreia de António Costa primeiro-ministro no debate parlamentar, no primeiro frente-a-frente com Passos Coelho e Paulo Portas nas bancadas da oposição. O início do debate está marcado para as 15h00 na Assembleia da República.