A ministra da Presidência diz haver margem para alargar o pacote financeiro que cobre as medidas de apoio às famílias mais vulneráveis e o controlo de preços da energia por causa da inflação.
Mariana Vieira da Silva sublinha, no entanto, que é preciso ir sempre acompanhando a tendência, até porque há alternativas a considerar.
“Existe um pacote financeiro de resposta a estas medidas que há margem para ser atualizado, se necessário”, afirmou. “O que é importante é nós podermos acompanhar aquilo que as diferentes instituições internacionais vão dizendo sobre a inflação e sabemos que há outras alterações que podem ser feitas à situação em que estamos relativas às taxas de juro”, acrescentou.
Quanto à escalada da inflação, a ministra reconhece que é um fenómeno que é preciso “conhecer melhor e não tomar medidas precipitadas que criariam apenas a ilusão do acompanhamento do poder de compra”.
“É esse o acompanhamento que estamos a fazer. É permanente”, acrescenta, deixando a ideia de que as medidas adotadas tendo em conta este trimestre poderão ser alteradas.
A ministra da Presidência esteve, nesta quarta-feira, a apresentar aos parceiros sociais o Acordo de Parceria Portugal 2030.
À entrada para a reunião, nesta manhã de quarta-feira, a expectativa era grande entre patrões e sindicatos, dado que não receberam o documento de preparação.
João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, defendeu que algumas medidas deviam voltar ao início da discussão porque agora, o contexto político é outro.
Já Isabel Camarinha, do lado sindical, reconhecia a existência de algumas medidas positivas, como o aumento das indemnizações por despedimento, apesar de excluir muitos trabalhadores.
A reunião de concertação social conta
com quatro ministros: além da ministra do Trabalho, estão os titulares da Agricultura, da Presidência e da Economia.