O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse esta sexta-feira que a situação de alerta vai manter-se em Portugal até ao dia 9 de abril, altura em que será reavaliada.
Para além dos cruzeiros e voos de e para Itália, o ministro diz que a situação atual não justifica fechar por completo as fronteiras nacionais, mas acrescentou que todas estas medidas serão reavaliadas diariamente, em consonância com as autoridades competentes e com o evoluir da situação da pandemia. A proibição de desembarque de navios cruzeiros não se aplica a cidadãos nacionais e estrangeiros com autorização de residência e permite ainda o abastecimento ou reparação de navios em portos nacionais.
Os eventos em recintos fechados com mais de 1.000 pessoas e ao ar livre com mais de 5.000 estão agora interditos – antes estavam só desaconselhados e os espaços de lazer de dança serão encerradas.
"Chama-se atenção que foi acionada a medida prevista que define como crime de desobediência, com medida sancionatória agravada, a violação de orientações de ordens dadas pela Força de segurança no âmbito de cumprimento de medidas da situação de alerta e dos diplomas que ontem foram aprovados em Conselho de Ministros", disse Eduardo Cabrita.
Os transportes públicos também não serão suspensos, mas existe indicação – como aliás já tinha sido tornado público – de as empresas procederem a desinfeções com maior regularidade e o Governo apela aos utentes para usarem bom senso na utilização dos transportes.
Eduardo Cabrita afirmou ainda que os bombeiros e as forças de segurança estão a receber formação específica para lidar com o covid-19. Existe ainda a possibilidade, com a entrada em vigor do estado de alerta, de a Proteção Civil enviar avisos por SMS para grupos específicos da população.