TAP. Tripulantes de cabine avançam com sete dias de greve
09-01-2023 - 17:01
 • Renascença

Protesto vai acontecer entre 25 e 31 de janeiro. A empresa lamenta a greve e diz estar a fazer tudo para chegar a um acordo.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vai avançar com os dias de greve prometidos.

No pré-aviso, que vai ser entregue esta terça-feira, são anunciados sete dias de paralisação, entre 25 e 31 de janeiro.

Como tinha sido estipulado em assembleia-geral (AG) do sindicato, os trabalhadores foram notificados esta segunda-feira, 24 horas antes do pré-aviso de greve.

"Apelo, desde já, à adesão de todos para que, mais uma vez, possamos dar nota cabal à empresa da nossa união em torno do descontentamento relativamente às matérias abordadas e deliberadas na AG de dia 3 de novembro, que constituem as nossas reivindicações legítimas e responsáveis", afirmou, em comunicado aos associados, o presidente da assembleia-geral, Ricardo Andrade.

O presidente do sindicato alerta que um protesto de sete dias, que deve ter uma grande adesão, terá implicações a nível operacional. “Ninguém decreta uma greve de ânimo leve. Cabe à administração perceber a mensagem e demonstrar que quer fazer um esforço de garantir a paz social e cabe à empresa ter capacidade para demostrar aos associados”, disse Ricardo Penarroias à Renascença.

Empresa está a fazer de tudo para chegar a acordo

A TAP que respeita e lamenta a decisão do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) em avançar com uma greve este mês e assegurou que está a fazer tudo para um acordo.

"Respeitamos e lamentamos a decisão do SNPVAC e continuamos a fazer todos os possíveis para chegar a um acordo que sirva os melhores interesses do país, dos nossos clientes, dos tripulantes de cabina e da TAP", disse fonte oficial da transportadora aérea.

A assembleia-geral do SNPVAC reprovou em 29 de dezembro a proposta da TAP, mantendo a intenção de realizar cinco dias de greve até 31 de janeiro, adiantou, na altura, fonte sindical à Lusa.

Assim, a proposta da administração da companhia foi chumbada, com 615 votos contra, seis a favor e uma abstenção, mantendo-se a possibilidade de avançar com uma greve cinco dias até 31 de janeiro, como tinha ficado decidido na última assembleia do SNPVAC.

Será a segunda vez, em dois meses, que os trabalhadores vão paralisar. Em causa está o descontentamento com a proposta do novo Acordos de Empresa (AE) apresentado pela TAP.

[notícia atualizada às 20h00]