O jornalista francês Olivier Dubois e o missionário norte-americano Jeffery Woodke foram libertados esta semana após anos de cativeiro como reféns de militantes islamitas no Níger.
Dubois tinha sido raptado no Mali em 2021. Woodke passou mais anos em cativeiro, desde a sua captura no Níger em 2016.
"É muito importante para mim estar aqui hoje", declarou aos jornalistas Dubois, que desaparecera na cidade de Gao em abril de 2021.
Recentemente, Dubois tinha surgido num vídeo, em agosto passado, a pedir às autoridades que fizessem tudo ao seu alcance para o libertar dos captores islamitas. "Não estava nada à espera disto. Sinto-me cansado, mas estou bem."
"Depois de vários meses de esforços, as autoridades do Níger conseguiram a libertação de dois reféns [do JNIM], um grupo terrorista ativo no Sahel e África Ocidental", indicou o ministro do Interior do Níger, Hamadou Adamou Souley, aos jornalistas no aeroporto, ladeado pelos dois homens.
O JNIM é um grupo terrorista baseado na África ocidental com ligações à Al-Qaeda.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, já agradeceu ao Níger por ter garantido a libertação de Dubois. Numa mensagem semelhante via Twitter, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, agradeceu ao país por salvar Jeffery Woodke.
As circunstâncias da libertação dos dois homens ainda não são conhecidas.
O rapto de estrangeiros é uma tática relativamente comum de insurgentes islamitas com ligações à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, que têm conquistado terreno ao longo da última década na região do Sahel, deixando um rasto de milhares de mortos e de dois milhões de deslocados até ao momento.
Desde uma intervenção militar de França na região em 2013, que atrasou os seus progressos em um ano, estes grupos declararam cidadãos franceses na África Ocidental como alvos a abater.