“A situação está consideravelmente mais favorável”. A afirmação foi feita no briefing desta manhã, na Sertã, pelo Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul (CADIS) em relação às chamas que deflagraram no sábado em Vila de Rei e que afetam também Mação.
Segundo Luís Costa Belo, “90% do incêndio está em resolução, grande parte em fase de consolidação”. Os pontos quentes do incêndio, que não chegou a entrar no concelho de Proença-a-Nova, situam-se na zona a norte da freguesia de Cardigos, concelho de Mação, abrangendo também uma parte do concelho de Vila de Rei.
Nestas declarações, o comandante revelou que a noite foi de esforço constante e os “trabalhos foram bastante frutíferos”. A progressão das chamas foi travada “em zonas extraordinárias difíceis”, tendo sido usada maquinaria pesada e forças apeadas.
As manobras vão ser intensificadas “nos 10% de perímetro que nos falta consolidar” para extinguir este incêndio, com 11 máquinas de rasto.
Para além do trabalho para dominar a frente quente, Belo Costa salientou que durante a manhã também será feito “um trabalho de retaguarda” com pré-posicionamento de forças com “potência própria para evacuações”, nomeadamente a GNR, Cruz Vermelha e INEM, em coordenação com a Segurança Social, caso seja necessário efetuar algum realojamento.
“A chuva teve
pouco impacto no combate aos incêndios”, respondeu o Comandante, quando
questionado sobre as alterações meteorológicas registadas, acrescentando que as
trovoadas geraram novos focos de chamas.
Devido às condições meteorológicas, a “tarde vai trazer dificuldades” devido ao vento e aumento das temperaturas. No terreno, o plano de ação vai passar pela intensificação do trabalho com maquinaria pesada.
Balanço de feridos
De acordo com o balanço de Paula Neto, do INEM, até ao
momento foram assistidas 39 pessoas, das quais 16 foram encaminhadas para
unidades de saúde. Do total de feridos, apenas dois são civis.
Questionada sobre a notícia do “Jornal de Notícias” que afirma que o INEM levou cerca de quatro horas a ser transportado para o Hospital de São José, Paula Neto frisou que a vítima teve "a devida assistência diferenciada ao fim de seis minutos após o pedido de ajuda".
Em função da avaliação médica e da situação clínica do ferido grave, “foi considerado que o melhor meio de transporte para manter os cuidados e garantir a estabilidade do doente seria o helitransporte”, disse.
“Houve algumas condicionantes que tinham a ver com as características de voo e de segurança que fizeram com que o helitransporte acabasse por não ser tão célere como seria a avaliação inicial da situação e acabou por não ser tão rápida a chegada do doente à unidade hospitalar”, referiu.