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Mais de 200 milhões de casos de Covid-19 foram contabilizados em todo o mundo desde a descoberta do coronavírus em dezembro de 2019 e as contaminações aumentam drasticamente nas últimas semanas, segundo um balanço divulgado esta quinta-feira pela France Presse.
Na quarta-feira, a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins também indicava um total de 200 milhões de casos de Covid-19 desde o princípio da pandemia, referindo que o maior número de contágios ocorre nos Estados Unidos, Índia e Brasil.
O balanço efetuado hoje pela France Presse especifica que, em média, mais de 600 mil casos diários foram detetados – em todo o mundo – nos últimos sete dias.
Trata-se de um aumento de 68% em relação ao mínimo alcançado em meados de junho (360 mil novos casos por dia), devido, sobretudo, à propagação da variante Delta identificada pela primeira vez na Índia.
Por outro lado, o número de mortes em todo o mundo (atualmente 9.350 por dia) aumentou 20% desde o início de julho, altura em que se verificou uma diminuição do número de óbitos para as 7.800 mortes diárias.
As diferenças entre o aumento do número de casos e de óbitos registam-se, segundo a France Presse, em alguns dos países mais afetados como Estados Unidos onde os contágios aumentaram 820% desde o final de junho (atualmente 94.000 por dia em comparação com 11.000 em junho), enquanto o número de mortes aumentou 105%, de 210 óbitos no início de julho para os atuais 430.
No Reino Unido, onde foram registados 47 mil casos de contágios nas últimas semanas – pico da última vaga (30 vezes mais do que em maio) – o número de mortes multiplicou-se por mais de 10: de seis óbitos por dia para mais de 80 mortes diárias.
Trata-se do nível mais baixo se comparado com os registos relativos a vítimas mortais no Reino Unido em janeiro passado: 1.250 mortes diárias.
Pelo contrário, a Indonésia, que atualmente conta 35 mil casos por dia, regista uma diminuição no número de contágios (correspondente 19% no período de uma semana) mas verifica-se um aumento relativo ao número de mortes: 1.700 por dia nos últimos sete dias, 8% mais do que na semana anterior.
Atualmente, a situação na Indonésia é a mais grave no país desde o início da pandemia.
De acordo com os dados da France Presse, estas diferenças são acompanhadas por fortes desigualdades no acesso à vacinação: 58% dos cidadãos nos Estados Unidos e 69% no Reino Unido receberam pelo menos uma dose da vacina, em comparação com 18% dos habitantes da Indonésia.
As autoridades de saúde dos Estudos Unidos afirmam que as pessoas vacinadas têm 25 vezes menos probabilidade de serem hospitalizadas ou de morrer da doença.
Mesmo assim, os 200.065.905 casos de Covid-19 registados até hoje em todo o mundo não transmitem a realidade, uma vez que um número significativo dos casos menos graves ou assintomáticos permanece por detetar, apesar da intensificação da triagem em muitos países, sendo que as políticas quanto aos procedimentos de testagem são diferentes de um país para outro.
Oficialmente, a pandemia matou mais de 4,25 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que a Organização Mundial da Saúde considera inferior à realidade.
Hoje, a Agência Europeia de Medicamentos e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças apelaram à vacinação, por ser a “chave” para a proteção contra o Covid-19, incluindo a variante Delta, e para evitar mortes.
Os dois organismos avisaram, num comunicado conjunto que a vacinação completa, com qualquer uma das vacinas aprovadas, garante “um alto nível de proteção contra doenças graves e morte causadas pelo SARS CoV-2”, incluindo variantes.
“Com o aumento da propagação da variante Delta do SARS CoV-2 na União Europeia e nos Estados do Espaço Económico Europeu, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) recomendam a todos os que são elegíveis e que ainda não foram vacinados a completar o plano de vacinação recomendado (contra) o Covid-19”, refere o comunicado.
Deste modo, a EMA e o ECDC recomendam a vacinação completa contra o Covid-19 para todos os cidadãos elegíveis assim como devem ser mantidos o uso de máscaras de proteção sanitária e o respeito pelo distanciamento social, “mesmo entre os indivíduos que já receberam a vacinação completa”.