A União Europeia (UE) chegou esta sexta-feira a acordo sobre o 13.º pacote de sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia, que impõe restrições a mais 106 pessoas e 88 organizações, particularmente da área da defesa.
Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que há acordo sobre o mais recente pacote de sanções contra a Rússia, por ocasião do segundo aniversário da invasão ao território ucraniano, em 24 de fevereiro de 2022.
As sanções aprovadas pelos 27 Estados-membros impõem restrições a 106 pessoas e 88 organizações "responsáveis por enfraquecerem e ameaçarem a integridade territorial, soberania e independência" da Ucrânia.
De acordo com a informação divulgada, o 13.º pacote tem como "alvo primário os setores militar e da defesa, e indivíduos associados, incluindo os envolvidos no fornecimento de armamento da Coreia do Norte à Rússia, assim como funcionários judiciais, autarcas e pessoas responsáveis pela deportação ilegal e reeducação militar de crianças ucranianas".
Algumas das entidades responsáveis pelo "apoio direto ao complexo industrial e militar russo" estão localizadas na índia, Sri Lanka, China, Sérvia, Cazaquistão, Tailândia e Turquia, que têm "ajudado a Rússia a contornar as restrições ao comércio" para adquirir componentes de que precisa para continuar a investir na campanha militar contra a Ucrânia.
Desde o início da invasão russa, a UE incluiu "mais de 2.000 pessoas e entidades" responsáveis por alimentarem o conflito.
Todas as pessoas incluídas na lista de sanções têm a partir da adoção do pacote restrições a viagens para o território da UE e estão proibidos de aceder e utilizar quaisquer bens que tenham num dos 27 países do bloco comunitário.
A adoção deste pacote é mais simbólica, por ocasião do segundo aniversário da invasão, ao contrário de anteriores que visavam impedir a Rússia de contornar as sanções anteriores ou para diminuir as chances de Moscovo prosseguir com a invasão.