​Economista questiona sucesso da segunda tentativa de venda do Novo Banco
18-09-2015 - 14:57

João Salgueiro considera acertada a decisão de adiamento do negócio.

Depois do fracasso do primeiro, o segundo concurso para venda do Novo Banco também não se adivinha fácil. João Salgueiro, o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos, diz à Renascença que há muitas ameaças externas ao sucesso do negócio.

A crise dos refugiados, eleições em Espanha, o referendo sobre a União Europeia no Reino Unido, são alguns dos potenciais focos de instabilidade, refere.

O mercado já estava a antecipar que as negociações falhassem, defende o economista, até pelo colapso da bolsa chinesa. Como tal, adiar a venda do Novo Banco foi a decisão esperada e acertada.

Entre os candidatos que foram ao primeiro concurso, já contactados pela Renascença, nenhum fechou a porta a nova tentativa de compra do Novo Banco, mas também não dão respostas conclusivas, até saberem o que está em cima da mesa.

O governador já encomendou o plano estratégico à administração do Novo Banco, que inclui a recapitalização, mas para trás ficaram decisões avulso que fizeram a instituição perder valor.

Nestas declarações, João Salgueiro sai em defesa de Vítor Bento, o primeiro a presidir o Novo Banco, que se demitiu porque não lhe deram mais tempo para reestruturar a instituição. O tempo acabou por lhe dar razão, diz João Salgueiro.