A leitura do acórdão do julgamento da Operação Malapata, que tem como principal arguido o empresário de futebol César Boaventura e investiga transferências de jogadores, foi reagendada para 25 de novembro, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Inicialmente prevista para 11 de julho, a sessão já tinha sido protelada para esta terça-feira pelo coletivo de juízes, devido à complexidade do processo, mas voltou a sofrer novo adiamento e vai acontecer em finais de novembro, a partir das 9h30, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
A 20 de junho, nas alegações finais da denominada Operação Malapata, que investiga transferências de jogadores e contas bancárias através das quais circulavam milhares de euros, o Ministério Público (MP) pediu oito a dez anos de prisão para César Boaventura e penas próximas do mínimo legal, mas com execução suspensa, para os outros arguidos.
O empresário está acusado de cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação de documentos, um de fraude fiscal qualificada e ainda outro de branqueamento de capitais.
O tribunal de Matosinhos deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio, Marcelo e Lionn para que facilitassem num desafio com o Benfica, na temporada 2015/16, a troco de contrapartidas financeiras e contratuais, mas ilibou o empresário do crime de corrupção em forma tentada ao antigo guarda-redes do Marítimo Romain Salin.