Na oração do Angelus deste domingo, em que a liturgia do advento convida a Igreja a refletir na alegria, o Papa Francisco considerou uma contradição haver cristãos tristes. E contou um episódio para reforçar o tema: “Uma vez, um filósofo, disse-me algo assim: Não percebo como se pode crer hoje, porque os que dizem ter fé, têm uma cara de velório, não dão testemunho da alegria da ressurreição de Jesus Cristo”. Francisco lamentou haver “tantos cristãos com essa cara, assim… cara de velório, cara de tristeza”.
O Papa sublinhou que “ter alegria é orientar-se para Jesus”. E acrescentou: “Cristo ressuscitou, Cristo ama-te e tu não tens alegria?! Pensemos nisto: a alegria é orientar-se para Jesus. A alegria deve ser a característica da nossa fé. E mesmo nos momentos sombrios, é ter a alegria interior de saber que o Senhor está comigo, que o Senhor está connosco, que o Senhor ressuscitou. O Senhor é o centro da nossa vida, é o centro da nossa alegria!”
A propósito do Evangelho deste domingo, o Papa falou exemplo de João Batista que se descentrou de si próprio e apontou sempre para Jesus. Por isso, “o Batista é modelo para os que, na Igreja, são chamados a anunciar Cristo aos outros: só o podem fazer afastando-se de si próprios e da mundanidade, não atraindo as pessoas a si, mas orientando-as para Jesus.”