A Proteção Civil anuncia alguns progressos no incêndio que deflagrou em Oleiros, no distrito de Castelo Branco, e que já chegou aos concelhos de Sertã e Proença-a-Nova. Três aldeias em risco foram parcialmente evacuadas.
A informação foi avançada num ponto de situação realizado este domingo, ao final da tarde, pelo comandante Luís Belo Costa, do agrupamento centro sul da Proteção Civil.
"Na frente mais a sul, que vai de Vale da Lousa e Beirão, mais virada a Proença, esta frente está dominada, apesar de ter uma projeção que está a ser combatida com sucesso", disse o responsável, em conferência de imprensa.
As preocupações estão centradas na frente mais virada a Castelo Branco: entre cabeço da Rainha e Vale da Lousa. "É um setor que está ainda ativo. Estamos a proceder a manobra de uso de fogo que está a resultar", relatou o comandante Luís Belo Costa.
Outro setor, entre Beirão e Figueiredo, no flanco direito do incêndio virado para o lado da Sertã, regista três reativações.
O último setor, entre Figueiredo e Troviscal, "está 80% em resolução. Também aqui os trabalhos estão no bom caminho", explicou o responsável.
Por medida de precaução, alguns habitantes de três aldeias - Vale da Lousa, Vale da Cuba e Pedintal, no concelho de Oleiros - foram retirados devido ao incêndio que deflagrou sábado em Oleiros, no distrito de Castelo.
Nas operações de combate a este fogo estão confirmados um morto e sete feridos, cinco ligeiros e dois em estado grave.
A vítima mortal é um bombeiro que estava numa viatura que se despistou a caminho do incêndio. Os feridos graves são também dois bombeiros.
Pelas 21h45, estavam a combater as chamas 965 operacionais, apoiados por 301 viaturas. Com o cair da noite os 14 meios aéreos, que estiveram destacados, deixaram de operar.
O comandante Luís Belo Costa adiantou que nas próximas horas o contingente vai contar com mais três grupos, o equivalente a um reforço de 100 operacionais.
A Proteção Civil confirma "alguns danos em edificações", mas não tem mais informações, nomeadamente se se tratam de casas de habitação.
O Governo declarou a situação de alerta em todo o território continental, entre as 00h00 de segunda-feira e as 23h59 de terça-feira, face às previsões meteorológicas que apontam para “significativo agravamento do risco de incêndio rural”.