Os diretores dizem que prolongar a pausa do Natal “é uma asneira” e defendem o regresso do ensino a distância a 10 de janeiro. Também os pais não querem mais férias, mas pedem uma decisão rápida sobre o assunto.
O presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Educadores (CNIPE) está preocupado com a possibilidade de as escolas não abrirem a 10 de janeiro, uma hipótese levantada pela diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas. Rui Martins pede rapidez numa decisão “para que as famílias se possam organizar”.
Face à perspetiva da decisão ser tomada só na próxima semana, depois da reunião com os especialistas, no dia 5, o presidente da CNIPE diz à Renascença que “era de bom tom que a decisão fosse tomada com mais dias de antecedência”.
O presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Educadores lamenta ainda o eventual regresso do ensino à distância. Rui Martins admite que “os pais ficam preocupados” com essa possibilidade, porque “o plano digital ainda não está concluído”. O presidente da CNIPE diz que “a decisão tem de ser muito bem pensada”.
Ensino online é "mal menor"
Para os diretores não faz sentido prolongar a pausa do Natal. Segundo o presidente da Associação de Agrupamentos e Escolas Públicas, defende que “o ensino deve processar-se à distância, ou seja, voltar àquilo que aconteceu no ano passado, àquilo que já sucedeu este ano durante o primeiro período, onde tivemos diversas turmas que confinaram e que foi acionado o ensino remoto de emergência”.
Filinto Lima diz à Renascença que os diretores “não veem com bons olhos que as escolas não abram pura e simplesmente e que a pausa do Natal seja prolongada por tempo indefinido”. O presidente da ANDAEP diz que os diretores consideram essa possibilidade “uma asneira” e defende que “o ensino à distância é um mal menor”.
Na quarta-feira, o Governo garantiu que não vai anunciar novas medidas de contenção ou restrições por causa da pandemia antes da avaliação dos especialistas, que terá
lugar no dia 5 de janeiro.