Onze mil pessoas visitaram a Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa que encerrou este domingo, na Cordoaria Nacional.
A organização fala num “balanço positivo”. Em comunicado, a IFEMA Madrid que com a autarquia de Lisboa organiza a feira considera que houve “um bom nível de vendas”.
Depois de duas edições digitais, por causa da pandemia, a quinta edição da ARCOlisboa fica marcada por vendas, quer de colecionadores privados quer de instituições.
Em comunicado, a organização confirma que nos quatro dias, a feira consolidou-se “como o grande encontro internacional de arte contemporânea em Portugal e um instrumento essencial para a visibilidade dos artistas portugueses perante instituições internacionais e colecionadores da Europa e do continente americano”.
Embora o segredo seja a alma do negócio, a ARCOlisboa indica que “galerias como Vera Cortês, Elvira González, Bruno Múrias, Galeria 111, Arte de Gema, Delgosha e Double V confirmaram o bom nível de vendas e a qualidade artística da feira”.
Considerando que “o otimismo de colecionadores e instituições que fecharam inúmeras aquisições foi patente desde o primeiro dia”, a ARCOlisboa indica que também a Câmara Municipal de Lisboa adquiriu cerca de duas dezenas de peças para o seu Núcleo de Arte Contemporânea.
“Foram adquiridas obras de Pedro Paixão (na Galeria 111); Alice dos Reis e Diana Policarpo (Lehmann+Silva); Mônica de Miranda (Galeria Carlos Carvalho); Hugo Brazão (Varanda); Gabriela Albergaria (Galeria Vera Cortês); Rui Chafes (Galeria Filomena Soares); João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (Cristina Guerra Arte Contemporânea); Vasco Araújo (Galeria Francisco Fine); Claire de Santa Coloma (3+1 Arte Contemporânea); Gil Heitor Cortesão (Galeria Pedro Cera); António Júlio Duarte (Galeria Bruno Múrias); Pedro Tudela (Galeria Kubik); Luísa Cunha (Galeria Miguel Nabinho); António Ole (insofar); Ana Vidigal (Galeria Fernando Santos); Inês D'Orey (Galeria Presença); Suzanne Themlitz (Galeria dos Banhos dos Anjos); Belén Uriel (Galeria Madragoa); e Diogo Pimentão (Rociosantacruz)”.
Também a Fundação EDP fez compras na ARCOlisboa. “Entre as obras adquiridas incluem-se peças de Ana Jotta (xxArtsLibris); Luísa Cunha (Galeria Miguel Nabinho); João Gabriel (Lehmann+Silva), e Tiago Baptista (3+1 Arte Contemporânea)”, diz a feira em comunicado.
Como habitual, também a Fundação ARCO adquiriu peças para o seu acervo. “Com o conselho de Manuel Segade e Filipa Oliveira, adquiriu obras da artista Thandi Pinto (Arte de Gema) - e Inés Zenha (Double V), que passarão a fazer parte da Coleção Fundación ARCO, instalada no Centro de Arte CA2M Dos de Mayo da Comunidade de Madrid”. A estas peças junta-se também uma obra de Carlos Carnero adquirida pela Fundação Helga de Alvear, na Galeria de las Misiones.
No decorrer da feira, e pela terceira vez, a ARCOlisboa atribuiu o Prémio Opening Lisboa à Artbeat - Tiflis, da Geórgia. Com o júri composto por Aaron Cezar, Elise Lammer, Direlia Lazo, Marta Mestre, Bernardo Mosqueira, João Mourão, Florença Ostende, Agustín Pérez Rubio e Claudia Segura, este prémio visa distinguir o melhor stand, devolvendo à galeria o preço do aluguer do espaço na feira.
Organizada em conjunto pela IFEMA Madrid e pela autarquia de Lisboa, a ARCOlisboa contou com a colaboração institucional do Governo, Direção Geral das Artes, EGEAC, Marinha, Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa, bem como com o mecenato da Fundação EDP e a colaboração do Café Pessoa no programa público.
Em entrevista à Renascença, antes da abertura, a diretora da ARCO, Maribel López referia que a feira ficará em Lisboa, o tempo que Lisboa quiser. Recorde-se que para a edição deste ano foi assinada uma adenda ao protocolo entre as duas entidades, já que o acordo já tinha expirado. No comunicado de balanço, a organização indica que “a quinta edição termina iniciando-se de imediato a preparação da ARCOlisboa 2023”.