As autoridades de Taiwan disseram que quase 80 pessoas ficaram feridas durante a passagem do tufão Haikui pela ilha, que obrigou ainda à retirada de sete mil pessoas de zonas de alto risco.
De acordo com as autoridades, a grande maioria dos feridos sofreu apenas ferimentos leves causados por quedas de árvores, arrancadas pelos ventos fortes, ou por acidentes de automóvel.
A zona mais afetada foi Taitung, uma região montanhosa e relativamente pouco povoada no leste de Taiwan, onde uma estrada costeira foi parcialmente destruída pela força das ondas.
O Haikui, o primeiro tufão a passar diretamente sobre Taiwan em quatro anos, obrigou as autoridades a retirarem mais de sete mil pessoas de zonas de alto risco, no leste da ilha, e a suspenderem as operações em pelo menos três linhas ferroviárias.
Pelo menos 264 voos foram cancelados e escolas e empresas fecharam, sendo que estas continuam encerradas em 14 cidades de Taiwan devido à persistência de chuvas torrenciais.
Mais de 217 mil casas ficaram temporariamente sem fornecimento de energia no domingo e 58 mil permaneciam sem eletricidade esta manhã.
Após atravessar o leste de Taiwan, o Haikui voltou a aproximar-se hoje do sudeste da ilha, junto à cidade portuária de Kaohsiung, numa altura em que já tinha perdido força e sido classificado como uma tempestade tropical.
Ainda assim, de acordo com a imprensa local, em Kaohsiung, a terceira maior cidade de Taiwan, as estradas ficaram inundadas e as ruas cobertas de árvores arrancadas por ventos máximos sustentados de 101 quilómetros por hora e rajadas de até 126 quilómetros por hora.
Caso mantenha a trajetória para oeste, o Haikui deverá atravessar hoje o mar do Sul da China, seguindo em direção às províncias de Fujian ou Guangdong, no leste da China.
A região chinesa de Macau emitiu esta segunda-feira, pelas 04h00 (21h00 de domingo em Lisboa), um sinal de alerta 1 face à aproximação do Haikui, 28 horas depois de ter baixado o último alerta devido ao super tufão Saola.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.
Macau voltou a emitir o sinal de alerta 1, apenas 28 horas depois de ter baixado o último alerta emitido devido à passagem do super tufão Saola.
Tal como aconteceu na China continental e na vizinha região administrativa especial chinesa de Hong Kong, Macau chegou a emitir o alerta máximo, de nível 10, devido ao Saola, registando 250 pessoas em centros de acolhimentos de emergência e cinco feridos.