O secretário-geral do PS destacou Júlio Castro Caldas, antigo ministro da Defesa que morreu este sábado, como um "homem muito generoso" e "sempre dedicado e empenhado politicamente", notando que "deixa uma enorme saudade".
"Foi um grande profissional, um homem muito generoso, sempre dedicado e empenhado politicamente", nomeadamente enquanto ministro da Defesa do Governo de António Guterres", afirmou António Costa no Porto, em declarações aos jornalistas à entrada da reunião da Comissão Nacional socialista.
O líder socialista referiu ainda que Castro Caldas foi seu "patrono" na advocacia.
"Era uma pessoa por quem eu tinha grande admiração", observou o também primeiro-ministro.
O antigo ministro da Defesa Júlio de Lemos Pereira Castro Caldas morreu esta manhã, aos 76 anos, disse à Lusa fonte da Ordem dos Advogados.
Castro Caldas foi ministro da Defesa no segundo Governo de António Guterres entre 1999 e 2001 e bastonário da Ordem dos Advogados portugueses em dois mandatos, de 1993 a 1999.
Antes de ser ministro, Júlio Castro Caldas já tinha sido deputado no Parlamento entre 1980 e 1983, após ter sido eleito pelo PSD no círculo eleitoral de Viana do Castelo.
O antigo governante foi um dos sócios fundadores da CLA - Advogados e ainda, no âmbito da advocacia, presidente da Federation dês Barreaux d'Europe (1997-1999), vogal-tesoureiro do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (1983/1985) e vogal do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados (1977/1980).
Entre novembro de 2001 e 2012, Castro Caldas desempenhou funções como vogal do Conselho Superior do Ministério Público.
O ex-ministro da Defesa, que se licenciou em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, fundou também a associação SEDES e a Sociedade Portuguesa de Arbitragem.
Paralelamente, foi membro da Associação portuguesa de Recursos Hídricos e membro da AIDA Portugal -- Secção Portuguesa da Associação Internacional do Direito dos Seguros.