A Fundação Calouste Gulbenkian vai apoiar 12 organizações sociais que atuam junto de públicos mais vulneráveis com mais de um milhão de euros.
É o caso da Comunidade Vida e Paz que apoia os sem abrigo na cidade de Lisboa ou o Serviço Jesuíta aos Refugiados.
Serão ainda apoiadas instituições ligadas à área da saúde mental.
Numa informação publicada online, a presidente da Gulbenkian, Isabel Mota, considera que "a pandemia veio tornar mais vulneráveis aqueles que já eram os mais vulneráveis.
A Fundação Calouste Gulbenkian não podia ignorar as dificuldades por que passam as organizações sociais que, todos os dias, estão no terreno a apoiar aqueles que mais sofrem e mais precisam".
Nesse sentido, a Fundação aprovou um apoio excecional de um milhão e cem mil euros para "apoiar a sua recuperação e incentivar a criação de respostas mais adequadas à nova realidade social".
O comunicado refere ainda que vão ser apoiadas sete organizações que atuam junto de públicos vulneráveis, incluindo as instituições católicas Comunidade Vida e Paz, do Patriarcado de Lisboa que ajuda pessoas em situação de sem-abrigo, e o Serviço Jesuíta aos Refugiados, uma organização internacional da Igreja Católica ligada à Companhia de Jesus, e ainda cinco organizações que trabalham na área da saúde mental.
A Gulbenkian sublinha que de acordo com dados disponibilizados pela Nova SBE, as organizações sociais deparam-se "com grandes dificuldades" para dar resposta a um conjunto "acrescido de problemas sociais" que a pandemia veio intensificar.
De acordo com estas organizações sociais, "os problemas como a saúde mental (para 88% das entidades), a pobreza e os sem-abrigo (73%), a exclusão e desigualdades (61%) e a violência doméstica (36%) vão agravar-se nos próximos anos".