No meio de uma grave crise económica e social, o Governo venezuelano oficializou o aumento do salário mínimo nacional, que passou de 5,20 bolívares soberanos (0,74 euros) para 1.800 bolívares soberanos (25,70 euros) desde 1 de setembro.
O novo salário mínimo dos venezuelanos foi publicado na Gazeta Oficial (equivalente ao Diário da República) e "é obrigatório em todo o território" da Venezuela, tanto para trabalhadores públicos, como do setor privado.
Além do salário, os venezuelanos vão receber mensalmente a quantia de 180 bolívares soberanos (2,57 euros, correspondentes a 10% do salário) em subsídio de alimentação.
O novo salário tinha sido anunciado em 16 de agosto pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma transmissão televisiva a partir do palácio presidencial de Miraflores.
"O salário mínimo ficará [fixado] em meio petro (criptomoeda venezuelana), 1.800 bolívares soberanos", disse.
O aumento do salário faz parte do novo Programa de Recuperação Económica, de Crescimento e Prosperidade que, segundo o chefe de Estado, estará adaptado à realidade venezuelana e poderá reverter os efeitos da guerra económica nacional e internacional.
"O Governo dos Estados Unidos vem fazendo a guerra em distintas modalidades para evitar que a República possa fazer as suas compras internacionais, para conseguir a asfixia internacional", disse Nicolás Maduro, admitindo que os EUA têm conseguido "causar danos".
Como parte das novas medidas, o IVA passará de 12% para 16% e as grandes transações financeiras passarão a pagar entre 0 e 2% de imposto sobre o valor das mesmas.
Por outro lado, o Governo venezuelano assumirá, durante 90 dias, o pagamento da diferença do novo salário das indústrias médias e pequenas do país.
Milhares de venezuelanos têm saído do país todos os dias e vários países vizinhos estão reunidos para tentar encontrar solução para a crise humanitária.