As ondas de choque sucedem-se em várias estruturas do PSD por causa das listas para as legislativas de Outubro.
Ao início da tarde desta terça-feira, antes do Conselho Nacional para aprovar os nomes dos candidatos do partido, houve ameaças de boicote à campanha e de demissões em várias estruturas.
Setúbal, Lisboa, Braga, Leiria ou Porto são exemplos das distritais descontentes com o processo de escolha dos candidatos, por causa das imposições de nomes da direção nacional, contrariando em grande parte as que foram feitas pelas concelhias e respectivas distritais.
No caso da Guarda, porém, foi o próprio presidente da distrital a desrespeitar as indicações que foram aprovadas nas concelhias e na distrital: Pinhel, Almeida e Aguiar da Beira indicaram exclusivamente Ângela Guerra, atual deputada e presidente da Assembleia Municipal de Pinhel, mas outras, como a Guarda e Mêda, também a indicaram como primeira mulher da lista.
Carlos Peixoto, que é atualmente também vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, enviou no entanto outros nomes para Lisboa, substituindo Ângela Guerra por Carlos Condesso, ex-chefe de gabinete de Álvaro Amaro. O atual eurodeputado é, recorde-se, ex-presidente da Câmara da Guarda e um dos visados na operação "Rota Final" da Polícia Judiciária, que investiga casos de corrupção em várias autarquias do Norte e Centro do país.
A primeira mulher da lista é Sara Campos, médica e independente, que concorre pelo concelho de Seia e que, segundo relatos feitos à Renascença, terá levado à demissão da concelhia local.
Segundo as mesmas fontes à Renascença, a lista da Guarda é composta por: Carlos Peixoto (Gouveia), Carlos Condesso (Figueira de Castelo Rodrigo), Sara Campos (Seia), Sílvia Nabais (Sabugal), Tiago Gonçalves (Guarda) e Nazaré Ribeiro (Almeida).