O Metropolitano de Lisboa anunciou a conclusão da demolição do "tímpano" que separava a nova estação de Santos do novo túnel que faz a ligação Rato/Santos, para que, no final do próximo ano, a Linha Circular seja uma realidade.
O momento da inauguração, que ocorreu esta quarta-feira de manhã na Rua das Francesinhas, foi "simbólico mas histórico", como referiu o Presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos.
“Sem qualquer dúvida é um momento de ligação destes dois túneis, de uma obra que começámos a desenhar em 2016/2017, e é a prova que os trabalhos estão a continuar em bom ritmo, e que tudo está a começar a ficar garantido, para que no fim de 2025 consigamos abrir à operação a linha circular", disse o responsável à Renascença.
A linha circular vai permitir densificar a oferta de metropolitano na cidade de Lisboa, e reduzir os tempos de deslocação dentro da cidade. Para além disso, vai contribuir para a descarbonização, como sublinhou Jorge Delgado, o Secretário de Estado da Mobilidade Urbana.
“O ganho de pessoas transportadas por esta linha que hoje [quarta-feira] estamos aqui a visitar está acima de mais de 12 milhões de passageiros por ano, (...) [que corresponde a] uma redução superior a cinco mil toneladas equivalentes de CO2, o que significa que é um investimento que dá resposta ao que é preciso resolver", afirmou.
Jorge Delgado não acredita que a mudança de governo venha interromper o processo de construção da Linha Circular.
"Esta é uma obra que está em curso e que tem já um planeamento de conclusão para o próximo ano, portanto, não vejo que motivo existiria para interromper um processo que já está numa fase tão avançada.”
O Metropolitano de Lisboa prevê inaugurar a linha Circular no primeiro trimestre de 2025, num investimento estimado de 330 milhões de euros. Estima-se que este novo anel no centro da cidade vai retirar da superfície 2,6 milhões de veículos de transporte individual por ano, e reduzir 5.000 toneladas de CO2 no primeiro ano de exploração.