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Os Açores só deverão tomar uma decisão sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19 depois de concluírem a vacinação de reforço da população com mais de 65 anos, revelou o Governo Regional.
"A nossa perspetiva é ocuparmos todos os nossos recursos em proteger os mais vulneráveis, que são os idosos com mais de 65 anos. Estamos a contar, no final deste ano, no princípio do próximo, alcançarmos esta vacinação de uma forma mais ou menos genérica. A partir daí, consoante o avanço da ciência, iremos decidir o que fazemos com as crianças mais jovens", adiantou, esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aprovou, esta quinta-feira, a administração da vacina contra a Covid-19 da BioNTech/Pfizer a crianças dos 5 aos 11 anos, mas a comissão técnica de vacinação de Portugal ainda não tomou uma decisão.
A secretaria regional da Saúde dos Açores também está "a avaliar" a situação, mas Clélio Meneses sublinhou que a prioridade do executivo, neste momento, é "proteger os mais vulneráveis".
"Enquanto não concluirmos a vacinação dos mais vulneráveis, nomeadamente os cidadãos com mais de 65 anos e alguns que têm um conjunto de patologias, que por prescrição médica exigem essa vacinação, entendemos que não devemos desfocar a nossa atenção", salientou.
Os Açores têm, atualmente, cerca de duas dezenas de turmas em confinamento, total ou parcial, em escolas de três ilhas, devido à Covid-19.
O titular da pasta da Saúde salientou que nestas faixas etárias o risco de doença grave é menor.
"Está demonstrado, por aquilo que é o conhecimento científico público neste momento, que as crianças não correm riscos significativos, pelo facto de serem infetadas pela covid-19. O que a sua vacinação poderá proteger é o contágio de outras pessoas, uma vez que são um veículo forte de contágio", apontou.
Quanto à administração da dose de reforço aos maiores de 65 anos, Clélio Meneses disse que "um terço da população" já está vacinada, mas admitiu que têm existido "algumas recusas".
"Há pessoas que sentem que com duas doses estão protegidas, que não é necessária mais uma vacina", afirmou.
"Não está a correr com a velocidade que desejávamos e que estamos preparados para vacinar, mas pretendemos que, até ao início do próximo ano, esta população esteja genericamente vacinada", acrescentou.