PAN recusa "dar a mão" a governo do PSD com apoio parlamentar do Chega
24-01-2022 - 14:30
 • Lusa

A líder do PAN, Inês Sousa Real, afastou "dar a mão" a um eventual governo do PSD que conte com apoio parlamentar do Chega, por recusar estar ao lado de partidos com uma "agenda populista antidemocrática".

A líder do PAN, Inês Sousa Real, afastou "dar a mão" a um eventual governo do PSD que conte com apoio parlamentar do Chega, por recusar estar ao lado de partidos com uma "agenda populista antidemocrática".

"Qualquer coligação que tenha uma força populista antidemocrática não contará com o apoio do PAN", afirmou a dirigente do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e também deputada do partido.

Inês Sousa Real, que falava aos jornalistas após visitar uma escola de Braga, foi questionada sobre a disponibilidade do líder do PSD, Rui Rio, em entrevista à Antena 1, para contar com a ajuda parlamentar do Chega para formar governo. .

"O PAN tem deixado muito claro que tem uma linha vermelha: não fazemos acordos nem damos a mão a quem tem uma agenda populista antidemocrática e que não respeita os mais basilares direitos humanos", sublinhou.

Nas declarações aos jornalistas, a porta-voz do PAN lamentou "profundamente que a maior força da oposição não tenha a consciência de que um Estado social de direito não dá as mãos ao populismo antidemocrático".

Questionada pelos jornalistas sobre o voto antecipado em mobilidade para as eleições legislativas de 30 de janeiro, Inês Sousa Real considerou que a "ausência comunicacional" sobre o processo pode "ter prejudicado a adesão".

"Ficou aquém, mas não nos podemos esquecer que o parecer foi tardiamente pedido à PGR [Procuradoria-Geral da República], as soluções vieram bastante tarde e a ausência comunicacional poderá ter prejudicado a adesão", considerou.

Em entrevista à Antena1, Rui Rio rejeitou acordos de coligação com o Chega no Governo mas não rejeita os votos do Chega no parlamento: "Não estou a dizer que não aceito os votos dos deputados que o Chega possa eleger. O Chega terá de dizer se deixa passar o Governo PSD se for minoritário ou se ajuda a esquerda a deitar o Governo do PSD abaixo".

Questionado sobre se será da sua iniciativa falar com o líder do Chega, André Ventura, nesse sentido, Rio respondeu que não tomará essa iniciativa e reiterou que contactará sim o CDS-PP e a IL.