André Villas-Boas continua a não descartar a possibilidade de uma candidatura à presidência do FC Porto no próximo ano.
O antigo treinador dos dragões tem sido associado várias vezes à candidatura. Há eleições marcadas para 2024 e Villas-Boas assume que "há uma série de considerações pessoais e profissionais que tenho de ter em conta".
"Os meus amigos consideram a decisão mais irracional da minha vida, não compreendem como pode gerar tanta paixão dentro de mim. Mas a realidade é que a minha família inglesa está intimamente ligada à fundação do FC Porto. Coisa que eu só soube mais tarde e que vem reforçar essa sensação de destino", explicou numa conferência na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, citado pelo "Público".
Villas-Boas reconheceu, no entanto, que uma recandidatura de Pinto da Costa pode levar ao adiamento da sua intenção: "Não é só presidente do clube, mas é a figura máxima da região. Esta pessoa trouxe-nos todas as nossas glórias no campo da emoção e são intocáveis na história".
"Vamos ver. O FC Porto tem de se preparar para outra fase da sua vida, onde novas lideranças entram", atira.
Aos 45 anos, Villas-Boas está fora do ativo desde 2021, quando deixou o comando técnico do Marselha. Treinou ainda o Shanghai SIPG, Zenit, Tottenham e Chelsea depois de ter passado pelo FC Porto, onde foi campeão e venceu a Liga Europa em 2010/11.
A presidência nunca tinha passado pela cabeça até 2015: "Recebi uma mensagem de uma funcionária do FC Porto que me escreveu: ‘Sei que um dia vais ser presidente do F. C. Porto.’ O que senti com essa mensagem. Tocou profundamente o meu sentido de destino. Mas esse sentido tem de estar vinculado com a vontade dos sócios".