Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O Presidente de França, Emmanuel Macron, acaba de anunciar uma série de novas restrições para tentar travar a propagação da Covid-19.
A partir de sexta-feira a restauração, incluindo bares, volta a fechar e passa a ser proibido circular entre regiões.
Só trabalhadores essenciais ou aqueles que não podem trabalhar a partir de casa é que poderão sair à rua, sendo ainda possível ir às lojas, mas apenas para comprar bens essenciais, ao médico ou para passeios e exercício de uma hora no máximo.
As escolas, contudo, continuarão em funcionamento sendo que às universidades aplica-se a generalização do ensino online.
“O virus está a propagar-se a um ritmo que nem as mais pessimistas previsões anteviram. Tal como os nossos vizinhos, fomos submergidos pela repentina aceleração do vírus”, afirmou Macron no seu discurso aos franceses.
“Estamos todos na mesma posição: submersos nesta segunda vaga que sabemos que será mais dura e mais mortífera do que a primeira”.
As medidas entram em vigor no final desta semana e duram pelo menos até ao dia 1 de dezembro, mas Macron já avisou que apenas serão aliviadas quando o nível de novas infeções regressar a cerca de 5.000 por dia. Em relação a lojas não-essenciais, o Presidente promete reavaliar a situação dentro de duas semanas.
França tem sido duramente atingida pela segunda vaga da pandemia, que só nas últimas 48 horas fez cerca de 500 mortos, elevando o total de óbitos para cima dos 35 mil.
No início desta semana Macron tinha já anunciado um recolher obrigatório em algumas cidades, mas a medida revelou ser insuficiente para travar o ritmo galopante de novos contágios da Covid-19.
A Alemanha também vai impor um confinamento de emergência para combater o alastramento da Covid-19.
A decisão foi tomada esta quarta-feira por Angela Merkel, depois de o Governo central e líderes regionais terem chegado a acordo para tomar medidas de nível nacional face à sobrelotação dos hospitais.
As medidas precisas estão ainda a ser negociadas, mas fontes com acesso às conversações dizem à Reuters que implicarão o encerramento de bares e restaurantes. Outras medidas como o encerramento de ginásios, teatros e limites à socialização fora de casa estão ainda em cima da mesa.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou esta quarta-feira que "o Natal deste ano será diferente" devido à pandemia de covid-19, e depende "muito" de como a União Europeia reagir ao crescimento de casos nas "próximas semanas".
O agravamento da pandemia de Covid-19 vai levar o Governo português a tomar mais medidas e o primeiro-ministro já convocou os partidos para reuniões na sexta-feira, dia 30.
Trata-se de um procedimento semelhante ao que tomou quando foram decididas as medidas do estado de emergência. António Costa, ao que a Renascença sabe, também já convocou um Conselho de Ministros extraordinário para sábado.
Portugal regista esta quarta-feira um novo máximo diário de casos de covid-19, num total de 3.960, e 24 mortes, avança a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia foram diagnosticados 128.392 casos de Covid-19 e 2.395 óbitos.